3 sinais de que seu MEI já deveria ser ME e está pagando impostos errados

Rodrigo DRE • 20 de junho de 2025

Você é Microempreendedor Individual, sente que a empresa está crescendo, mas ainda não parou para analisar se o regime do MEI continua sendo o mais adequado? 


Muitos empreendedores mantêm o CNPJ de MEI além do ponto ideal e acabam pagando impostos de forma equivocada — mais do que deveriam ou deixando de atender a exigências legais.


Neste artigo, você vai descobrir 3 sinais claros de que é hora de transformar MEI em ME, os riscos de manter um enquadramento inadequado e como isso pode impactar o seu negócio. 


Também mostramos um passo a passo simples para fazer a transição com segurança e economia.


O que significa transformar MEI em ME?


Transformar MEI em ME é o processo de migração de um Microempreendedor Individual para uma Microempresa. 


Essa mudança permite que o negócio tenha estrutura jurídica, tributária e operacional mais adequada ao seu estágio de crescimento.


A principal diferença entre MEI e ME está na limitação de faturamento, no número de funcionários, nas atividades permitidas e nas obrigações fiscais. 


Quando o empreendedor ultrapassa os limites do MEI, ele deve obrigatoriamente mudar de categoria, sob o risco de autuações e impostos retroativos.


Sinal 1: Faturamento acima do limite do MEI


O primeiro e mais comum sinal de que está na hora de transformar MEI em ME é o faturamento anual acima de R$ 81 mil.


Se o seu faturamento ultrapassou esse valor:



  • Até R$ 97.200: você pode recolher o DAS sobre o excesso e migrar para ME no ano seguinte.

  • Acima de R$ 97.200: você deve sair do MEI imediatamente e recolher os impostos como ME retroativamente ao início do ano.

Tabela: Limite de Faturamento x Implicações Fiscais


Faturamento Anual Situação do MEI Ação Necessária
Até R$ 81.000 Dentro do limite do MEI Sem mudanças
De R$ 81.001 a R$ 97.200 Excesso tolerado (20%) Recolher imposto adicional e migrar
Acima de R$ 97.200 Estouro do limite Migrar para ME imediatamente

Ao insistir em continuar no MEI após o limite, o empreendedor corre o risco de cair na malha fina da Receita Federal e ser autuado.


Sinal 2: Contratação de mais de um funcionário ou necessidade de crescimento da equipe


O MEI pode contratar apenas um funcionário, com salário mínimo ou piso da categoria. 


Se o seu negócio exige mais colaboradores, você precisa transformar MEI em ME para poder contratar formalmente e expandir legalmente sua equipe.


Além disso, a estrutura de ME permite contratar profissionais com diferentes especializações, registrar contratos CLT e até criar departamentos dentro da empresa.


Exemplo prático:


Imagine um pequeno ateliê de costura que cresceu. A demanda aumentou e agora a proprietária precisa de:

  • Uma assistente administrativa;

  • Duas costureiras adicionais.

Como MEI, ela está limitada a apenas um registro, o que inviabiliza esse crescimento. A única forma de regularizar é migrar para ME.


Sinal 3: Ampliação do escopo de atuação ou CNAE incompatível


Nem todas as atividades são permitidas no MEI. A lista de CNAEs (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) para MEI é limitada, e muitas áreas com maior potencial de crescimento ficam de fora, como:


  • Desenvolvimento de software;

  • Marketing digital;

  • Consultorias e serviços técnicos especializados.

Se o seu negócio está crescendo e você deseja atuar em novas frentes, é provável que precise de um CNAE fora da lista permitida. E isso exige transformar MEI em ME.


Dica: Consulte o seu contador para verificar se a atividade atual está de acordo com o seu plano de negócios. Um CNAE incompatível pode gerar recolhimento indevido de tributos ou até bloqueio do CNPJ.


Quais os riscos de continuar como MEI sem atender aos critérios?


Ignorar os sinais de que chegou a hora de transformar MEI em ME pode trazer sérios prejuízos ao negócio:


  • Multas e autuações fiscais: caso a Receita identifique excesso de faturamento ou contratação irregular.

  • Impostos retroativos: pagamento com juros e correção.

  • Problemas com licitações e contratos: muitas empresas só contratam MEs com estrutura contábil e fiscal adequada.

  • Dificuldade para crédito e financiamento: bancos exigem maior formalização para concessão de crédito.

Como fazer a migração: passo a passo para transformar MEI em ME


O processo para transformar MEI em ME pode ser simples, desde que feito com orientação adequada. 

Veja o passo a passo:


1. Solicitar o desenquadramento como MEI


Acesse o Portal do Simples Nacional, vá até a opção “Simei – Serviços” e solicite o desenquadramento do SIMEI.


2. Alterar o cadastro na Junta Comercial


Realize a alteração do contrato empresarial (ou registro do novo contrato) na Junta Comercial do seu estado, mudando a natureza jurídica de MEI para ME.


3. Atualizar dados na Receita Federal e demais órgãos


Após a alteração na Junta:


  • Atualize o CNPJ na Receita Federal;

  • Atualize inscrição estadual e municipal, se aplicável;

  • Atualize cadastro em bancos, fornecedores, marketplaces e afins.

4. Definir novo regime tributário


Com a ajuda de um contador, escolha entre:



  • Simples Nacional (opção mais comum);

  • Lucro Presumido (para empresas com margens maiores);

  • Lucro Real (obrigatório em alguns casos).

Comparativo: MEI x ME


Característica MEI ME
Faturamento anual Até R$ 81 mil Até R$ 360 mil (Simples Nacional)
Número de funcionários 1 Ilimitado (seguindo CLT)
Regime tributário SIMEI (Simples Nacional simplificado) Simples Nacional, Presumido ou Real
Atividades permitidas Limitadas (lista de CNAEs do MEI) Sem restrições
Emissão de NF Facultativa em alguns casos Obrigatória
Controle contábil Não obrigatório Obrigatório

Quando é vantajoso fazer essa mudança?


É vantajoso transformar MEI em ME quando:


  • O faturamento está próximo ou já ultrapassou o limite;

  • Há necessidade de contratação de equipe;

  • Você deseja emitir nota fiscal para PJ e órgãos públicos;

  • Sua atividade não está mais contemplada no MEI;

  • Quer melhorar a imagem da empresa e buscar crédito ou investidores.


Em muitos casos, o valor pago a mais em impostos como ME é compensado por oportunidades de crescimento, legalização e acesso a mercado.


Conclusão


Esperar demais para transformar MEI em ME pode colocar seu negócio em risco e ainda gerar impostos indevidos


Faturamento alto, crescimento da equipe e CNAE inadequado são sinais que não devem ser ignorados.


Com apoio contábil especializado, a transição é simples e segura. Você protege a empresa, reduz riscos fiscais e abre novas oportunidades de crescimento.


Conte com a DRE para fazer essa transição com segurança


Se você identificou algum desses sinais no seu negócio, é hora de buscar orientação especializada.


A DRE Contábil tem uma equipe pronta para te ajudar a entender se é o momento certo de transformar MEI em ME, calcular os impactos, escolher o melhor regime tributário e fazer a migração com total segurança.


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Por Sandy DRE 10 de outubro de 2025
A Reforma Tributária brasileira está em andamento e promete transformar a maneira como empresas e consumidores lidam com os impostos no dia a dia. Uma das principais mudanças é a substituição de cinco tributos atuais por apenas dois, no formato de IVA – Imposto sobre Valor Adicionado. Se você é empresário, contador ou profissional que lida com finanças, entender essa transição é essencial para se preparar. Neste artigo, vamos explicar as diferenças entre os impostos atuais (PIS, Cofins, ICMS e ISS) e os novos tributos (CBS e IBS), mostrando os impactos práticos dessa mudança. 📌 Como funciona hoje: o sistema atual de tributos Hoje, a tributação sobre consumo no Brasil é considerada uma das mais complexas do mundo. Os principais tributos que incidem sobre bens e serviços são: 1. PIS (Programa de Integração Social) • Tributo federal. • Incide sobre o faturamento das empresas. • A alíquota varia conforme o regime tributário (cumulativo ou não cumulativo). 2. Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) • Também federal. • Semelhante ao PIS, incide sobre o faturamento, mas com alíquotas diferentes. • Em conjunto com o PIS, é uma das maiores fontes de arrecadação da União. 3. ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) • Imposto estadual. • Incide sobre a venda de produtos, serviços de transporte interestadual/intermunicipal e energia elétrica. • Cada estado define suas alíquotas, o que gera grande diversidade e insegurança jurídica. 4. ISS (Imposto sobre Serviços) • Imposto municipal. • Aplica-se sobre a prestação de serviços. • Cada município tem autonomia para definir suas regras e alíquotas (respeitando limites da lei federal). 👉 O resultado é um sistema fragmentado, burocrático e cheio de obrigações acessórias, que gera altos custos de conformidade para empresas e insegurança para o ambiente de negócios. 📌 O que muda com a Reforma Tributária: a chegada do IVA A proposta da Reforma é substituir os tributos atuais por dois novos impostos, com base no modelo de IVA – Imposto sobre Valor Adicionado, já usado em diversos países. No Brasil, eles serão: 1. CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) • Tributo federal. • Substituirá PIS e Cofins. • Terá regras mais simples e um sistema de créditos mais amplo. 2. IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) • Tributo de competência compartilhada entre União, Estados e Municípios. • Substituirá ICMS e ISS. • A cobrança será no destino, ou seja, onde o bem ou serviço é consumido, e não mais na origem. 📌 Principais diferenças entre os tributos atuais e o novo IVA Para entender melhor, veja o comparativo:
Por Sandy DRE 29 de setembro de 2025
A Reforma Tributária promete simplificar o sistema de impostos no Brasil, mas também traz desafios para empresas de todos os portes. Com a criação do IVA Dual (CBS e IBS), a transição para o novo modelo exige atenção redobrada. Mesmo que as mudanças ocorram de forma gradual, já é hora de pensar no planejamento tributário pós-Reforma. Por que se antecipar? A principal vantagem de se preparar desde já é evitar surpresas. Empresas que analisam seus números, simulam cenários e ajustam sua gestão conseguem: • Reduzir riscos fiscais na transição. • Aproveitar créditos tributários de forma mais eficiente. • Revisar contratos e precificação de acordo com a nova carga tributária. • Tomar decisões estratégicas de expansão, estoque e investimentos. Passos para o planejamento tributário pós-Reforma 1. Mapeie a carga tributária atual Entenda quais impostos hoje pesam mais no seu negócio. Isso vai ajudar a comparar os impactos quando a CBS e o IBS entrarem em vigor. 2. Simule cenários futuros Use planilhas ou softwares contábeis para projetar como a nova tributação pode afetar suas margens de lucro, preços de venda e competitividade. 3. Reveja sua precificação O IVA trará maior transparência sobre impostos. Empresas que não ajustarem corretamente seus preços podem perder mercado ou margem. 4. Organize o fluxo de caixa A transição pode gerar períodos de sobreposição de impostos. É fundamental preparar o caixa para esse impacto temporário. 5. Invista em tecnologia e compliance Sistemas fiscais atualizados serão indispensáveis para garantir o correto aproveitamento de créditos e o cumprimento das novas regras. 6. Conte com apoio especializado O papel do contador será ainda mais estratégico. Consultoria tributária poderá indicar o melhor enquadramento e ajudar na tomada de decisão. A Reforma Tributária traz a promessa de simplificação, mas também exige adaptação inteligente. Quanto antes a sua empresa começar a planejar, menores serão os riscos e maiores as oportunidades de crescimento.
Por Sandy DRE 18 de setembro de 2025
Diferença entre lucro e faturamento: erros comuns no e-commerce Quando se fala em resultados no e-commerce, muitos empreendedores ainda confundem faturamento com lucro. Essa confusão pode levar a decisões equivocadas e até colocar em risco a saúde financeira da loja virtual. Afinal, faturar muito não significa, necessariamente, estar ganhando dinheiro. Neste blog, vamos explicar as diferenças entre esses dois conceitos e destacar os erros mais comuns cometidos por quem vende online. O que é faturamento? O faturamento é o valor total das vendas realizadas em um determinado período. Exemplo: se sua loja vendeu R$ 50.000 em produtos no mês, esse é o seu faturamento bruto. Porém, esse número ainda não considera: • custos dos produtos vendidos (compra ou fabricação) • frete • taxas de marketplace • tarifas de cartão • impostos • despesas operacionais (marketing, equipe, sistemas etc.). O que é lucro? O lucro é o que sobra do faturamento após o desconto de todos os custos e despesas. Ou seja: é o resultado líquido da operação, que de fato mostra se a empresa está ganhando ou perdendo dinheiro. Existem dois principais tipos de lucro no e-commerce: • Lucro bruto: faturamento – custo dos produtos vendidos. • Lucro líquido: faturamento – todos os custos (produtos, impostos, taxas, despesas fixas e variáveis). Erros comuns no e-commerce Muitos lojistas cometem falhas simples, mas que comprometem a visão real do negócio. Veja os principais: ❌ 1. Acreditar que faturamento alto é sinônimo de sucesso Um e-commerce pode faturar R$ 100 mil e ainda ter prejuízo se os custos forem maiores que o valor líquido recebido. ❌ 2. Não considerar as taxas dos marketplaces Plataformas como Mercado Livre, Shopee e Amazon cobram comissões que variam de 10% a 20% do valor da venda. Ignorar isso distorce o resultado. ❌ 3. Esquecer do custo do frete Frete subsidiado ou mal calculado pode consumir boa parte da margem de lucro. ❌ 4. Não separar despesas pessoais das empresariais Misturar contas pode dar a falsa impressão de que a empresa é lucrativa, quando na prática não é. ❌ 5. Falta de controle contábil e financeiro Sem relatórios organizados, o empreendedor não consegue enxergar o real desempenho do negócio. Como evitar esses erros? • Tenha um controle detalhado de entradas e saídas. • Análise relatórios de lucro bruto e líquido. • Conte com a DRE Contábil, uma contabilidade especializada em e-commerce, que entende as particularidades do setor. • Reavalie constantemente preços, fornecedores e estratégias logísticas. No e-commerce, faturar muito não significa lucrar muito. O sucesso de uma loja virtual depende de uma boa gestão financeira e contábil, que permita ao empreendedor enxergar os números reais do negócio. Com esse cuidado, fica muito mais fácil crescer de forma sustentável e tomar decisões estratégicas com segurança.
Por Sandy DRE 11 de setembro de 2025
O e-commerce no Brasil não para de crescer e, junto com as oportunidades, surgem também novos desafios para os empreendedores. Entre eles, a contabilidade ocupa um papel estratégico: mais do que cumprir obrigações fiscais, ela ajuda a manter a saúde financeira do negócio e a impulsionar os resultados. Muitos lojistas digitais, no entanto, acabam cometendo erros que prejudicam a lucratividade e até mesmo a sobrevivência da empresa. A seguir, listamos os principais pontos de atenção e como a contabilidade pode ser sua aliada para evitá-los. 1. Misturar finanças pessoais e empresariais Um dos erros mais comuns é usar a mesma conta bancária para despesas pessoais e da loja virtual. Essa prática dificulta o controle de caixa e prejudica a tomada de decisão. Dica: mantenha contas separadas e registre todas as movimentações da empresa de forma organizada. 2. Ignorar o planejamento tributário Cada e-commerce possui características específicas, e escolher o regime tributário errado pode significar pagar muito mais impostos do que o necessário. Dica: conte com o apoio de um contador para avaliar se o Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real é a melhor opção para o seu negócio. 3. Não acompanhar o fluxo de caixa Muitos empreendedores olham apenas para o faturamento, mas esquecem das despesas fixas, variáveis e do capital de giro. Dica: faça relatórios periódicos do fluxo de caixa para garantir previsibilidade financeira e evitar surpresas. 4. Desconsiderar os custos ocultos das plataformas Taxas de marketplace, meios de pagamento, logística e comissões podem reduzir significativamente a margem de lucro. Dica: registre todos os custos operacionais e calcule o preço de venda de forma realista. 5. Falta de indicadores de desempenho Sem métricas financeiras claras, como margem de contribuição, ticket médio e ROI, é impossível saber se o negócio está realmente crescendo. Dica: utilize relatórios contábeis e financeiros para analisar a performance e identificar oportunidades de melhoria. Como a contabilidade ajuda a maximizar os lucros Quando feita de forma estratégica, a contabilidade vai além do cumprimento de obrigações legais. Ela oferece informações valiosas para: • Reduzir a carga tributária de forma legal e eficiente. • Melhorar a gestão de custos e precificação. • Acompanhar a saúde financeira do negócio em tempo real. • Apoiar decisões de investimento e expansão. A DRE Contábil é uma poderosa aliada para quem deseja ter um e-commerce sustentável e lucrativo. Evitar erros comuns e adotar práticas de gestão financeira adequadas são passos fundamentais para transformar sua loja virtual em um negócio de sucesso.
Como a DRE Contábil Ajuda Empreendedores Digitais
Por Sandy DRE 27 de agosto de 2025
A DRE Contábil é uma empresa especializada em atender negócios digitais, oferecendo soluções completas e personalizadas para quem vive do digital.
Quais obrigações acessórias um e-commerce deve entregar mensalmente
Por Sandy DRE 20 de agosto de 2025
Um e-commerce que deixa de cumprir com essas obrigações pode enfrentar multas elevadas, suspensão de inscrição estadual e até impedimentos de vender em marketplaces.
Por Sandy DRE 15 de agosto de 2025
A GNRE , sigla para Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais , é um documento utilizado para efetuar o pagamento de impostos estaduais — principalmente o ICMS — quando uma empresa realiza operações que envolvem mais de um estado brasileiro. Esse guia é essencial em situações em que a mercadoria sai de um estado e vai para outro, e há a necessidade de recolher parte do imposto para o estado de destino da mercadoria. Ele funciona como uma forma de garantir que o imposto devido ao outro estado seja devidamente pago. Um exemplo comum ocorre quando uma empresa vende produtos para um consumidor final localizado em outro estado. Nesses casos, pode haver a cobrança do DIFAL ( Diferencial de Alíquota do ICMS ), e a GNRE é o meio pelo qual esse valor é recolhido. A emissão da GNRE é feita de forma eletrônica, por meio do portal oficial de cada estado, onde são informados dados como o estado de destino, valor do imposto, tipo de receita, entre outros. Recomendamos a leitura complementar: Automação Fiscal no E-commerce: GNRE, DIFAL . Em resumo, a GNRE é uma ferramenta importante para o cumprimento das obrigações fiscais nas operações interestaduais, ajudando a manter a arrecadação justa entre os estados e garantindo que a empresa esteja em conformidade com a legislação tributária.
Contabilidade para e-commerce: como funciona na prática
Por Time de Conteúdo 14 de agosto de 2025
Neste artigo, vamos explicar como funciona na prática a contabilidade para e-commerce, quais são as particularidades do setor, obrigações fiscais, ferramentas úteis e como escolher um parceiro contábil preparado para o ambiente digital.
Por Sandy DRE 1 de agosto de 2025
Precificar um produto corretamente é um dos maiores desafios no e-commerce. Muita gente calcula o preço com base apenas no custo de aquisição e uma margem de lucro desejada, mas esquece de considerar impostos, taxas de plataformas, custos operacionais e outros detalhes que fazem toda a diferença na lucratividade final. Se você tem uma loja virtual ou vende em marketplaces, este conteúdo é essencial para garantir que você não esteja vendendo no prejuízo sem perceber. 🧮 O que compõe o preço de venda? O preço de venda precisa cobrir todos os custos diretos e indiretos, além de gerar lucro. Veja os principais elementos: 1. Custo do produto (compra ou fabricação) 2. Impostos (Simples Nacional, ICMS, ISS, etc.) 3. Taxas de marketplaces e meios de pagamento 4. Frete (quando for por conta do lojista) 5. Custos operacionais (armazenagem, embalagem, marketing, equipe, sistemas) 6. Margem de lucro desejada 📦 Exemplo prático de cálculo Imagine que você venda um produto que custa R$ 50,00 para você, e quer vendê-lo com 50% de margem de lucro. Mas antes, você precisa somar os encargos: • Impostos (Simples Nacional): 6% • Taxa do marketplace: 16% • Taxa do meio de pagamento: 4% • Outros custos (embalagem, marketing etc.): 5% Total de encargos: 31% Se você simplesmente aplicar 50% sobre o custo, o preço seria R$ 75,00. Mas com 31% de encargos, você teria: • R$ 75 x 31% = R$ 23,25 de custos variáveis • Sobram R$ 51,75 - R$ 50,00 (custo de aquisição do produto) = R$ 1,75 (quase nada de lucro). Ou seja, na prática, seu lucro é consumido por encargos. 📌 Como calcular corretamente Use a fórmula da margem de contribuição para definir o preço ideal: Preço de venda = Custo / (1 - % de encargos - % de lucro desejado) Usando o exemplo acima:  • Custo: R$ 50 • Encargos: 31% (0,31) • Lucro desejado: 30% (0,30) Cálculo: Preço = custo / (1 - alíquota de encargos - alíquota de lucro desejado) Preço = 50 / (1 - 0,31 - 0,30) = 50 / 0,39 = R$ 128,21 Esse seria o preço mínimo para garantir sua margem de 30% após todos os encargos. 💡 Dicas Finais • Revise seu preço periodicamente, principalmente se estiver nos marketplaces (as taxas mudam). • Use planilhas ou sistemas de precificação automática para facilitar. • Considere promoções com estratégia, sabendo o impacto real no seu lucro. • Converse com um contador especializado em e-commerce — ele pode ajudar a otimizar sua carga tributária e aumentar sua margem. Vender online é ótimo, mas só vale a pena se for lucrativo. Precificar sem considerar todos os custos é um erro comum que afeta a saúde financeira da sua operação. Faça contas, simule cenários e tome decisões embasadas. Assim, seu e-commerce cresce de forma sustentável.
Infoprodutores: como estruturar a parte fiscal sem se enrolar com a Receita
Por Sandy DRE 25 de julho de 2025
Mas, com o crescimento do faturamento, surge um desafio que muitos ignoram até que seja tarde: a gestão fiscal para infoprodutores.