Como lidar com a retenção de impostos na prestação de serviços

Rodrigo DRE • 21 de junho de 2023

A retenção de impostos na prestação de serviços é uma realidade que afeta muitos profissionais e empresas. Trata-se de um procedimento legal no qual o pagador do serviço é responsável por descontar uma parte dos valores pagos e repassá-la aos órgãos governamentais como forma de antecipação do pagamento dos impostos devidos pelo prestador. 


No entanto, essa prática pode gerar desafios e impactar negativamente o
fluxo de caixa dos prestadores. Neste contexto, é fundamental conhecer estratégias eficientes para lidar com a retenção de impostos, garantindo a conformidade fiscal e otimizando os recursos financeiros. 


Este artigo apresentará algumas medidas importantes que podem ser adotadas para enfrentar essa questão, visando minimizar os impactos financeiros e assegurar uma gestão tributária mais eficaz.


Tenha uma boa leitura!


O que é a retenção de impostos?

A retenção de impostos refere-se a um mecanismo pelo qual uma parte retém uma parte dos pagamentos feitos a outra parte e, em seguida, repassa esses valores retidos diretamente ao governo, em nome da parte beneficiária do pagamento. 


Geralmente, ela ocorre quando uma
pessoa física ou jurídica realiza pagamentos a terceiros, como fornecedores, prestadores de serviços ou contratados.


A parte que efetua o pagamento é obrigada a reter um determinado valor, conforme estipulado pela legislação tributária, e transferir esse valor retido para o governo. Os
valores retidos normalmente correspondem a impostos que o beneficiário do pagamento deve pagar, como imposto de renda, contribuição previdenciária, imposto sobre serviços, entre outros.


Essa prática tem o objetivo de garantir que os impostos sejam pagos corretamente pelas partes envolvidas nas transações. A retenção de impostos coloca a responsabilidade de cumprir com as
obrigações fiscais nas mãos do pagador, reduzindo o risco de inadimplência por parte do beneficiário do pagamento.


Além disso, a
retenção de impostos na prestação de serviços afeta diretamente uma série de aspectos empresariais, como: 



  • Custos dos serviços;
  • Fluxo de caixa;
  • Conformidade fiscal;
  • Complexidade fiscal;
  • Contratos e acordos. 

Como lidar com a retenção de impostos para prestadores de serviços?

Mesmo que seja complexo, existem diversas formas de lidar com a retenção de impostos para prestadores de serviços. Para te ajudar, separamos as principais formas para isso: 


Entenda a retenção na fonte

A retenção na fonte é a prática de reter parte do valor do serviço prestado pelo fornecedor. Ela pode variar conforme o tipo de serviço e o regime tributário escolhido pela empresa contratante. 


É importante entender a retenção na fonte para calcular corretamente o valor dos impostos e evitar problemas fiscais.


Escolha o regime tributário adequado

A escolha do regime tributário é fundamental para as empresas prestadoras de serviços. Existem três opções: 


  • Simples Nacional;
  • Lucro Presumido;
  • Lucro Real. 


Cada um tem suas vantagens e desvantagens, e a escolha dependerá das características do seu negócio. É importante escolher o regime tributário adequado para evitar a
retenção de impostos desnecessária.


Conheça as particularidades da tributação para prestadores de serviços

As particularidades da tributação para prestadores de serviços podem variar conforme o tipo de serviço oferecido. Por exemplo, para empresas de consultoria, é comum a incidência do Imposto sobre Serviços (ISS), enquanto para empresas de limpeza e manutenção, pode haver a incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). 


É importante conhecer as particularidades do seu negócio para evitar problemas fiscais.


Utilize a nota fiscal eletrônica

A emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) é obrigatória para as empresas de prestação de serviços. Além de cumprir a legislação, a NF-e é uma ferramenta importante para o planejamento tributário. Isso porque ela registra todas as transações comerciais da empresa e pode ser usada como comprovante de despesas dedutíveis.


Faça a gestão das finanças da empresa

A gestão das finanças é fundamental para o sucesso de qualquer empresa, incluindo as prestadoras de serviços. 


Mantenha um controle rigoroso do fluxo de caixa, registre todas as despesas e receitas e faça uma análise periódica dos resultados. Com isso, é possível identificar áreas que podem ser cortadas e reduzir os custos da empresa.


Busque ajuda profissional

Se você tem dificuldades para lidar com a parte tributária da sua empresa, considere contratar um contador ou uma consultoria especializada. Eles podem ajudar a identificar oportunidades de redução de impostos e a elaborar um planejamento tributário adequado para o seu negócio.


Aproveite as deduções permitidas

Existem diversas despesas que podem ser deduzidas na hora de calcular os impostos, como despesas com material de escritório, telefone, internet, entre outras. É importante manter um controle rigoroso dessas despesas e guardar todos os comprovantes para utilizá-los na hora de declarar o imposto de renda.


Dica extra: conte com o suporte de uma contabilidade!

Se você deseja ser assertivo ao lidar com a retenção de impostos na prestação de serviços, conte com o suporte especializado da DRE Contábil


Desde o início de nossa jornada, nos destacamos por oferecer preços justos e um atendimento ágil. Nosso objetivo principal é auxiliar nossos clientes em todas as etapas, desde a legalização até as áreas administrativa e financeira.


Ao longo do tempo, experimentamos um crescimento significativo e agora possuímos conhecimento especializado e profissionalismo para enfrentar diversos desafios. Investimos constantemente em tecnologias avançadas para garantir a conformidade dos nossos processos e proporcionar atendimento em tempo real.


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Diferença entre lucro e faturamento: erros comuns no e-commerce Quando se fala em resultados no e-commerce, muitos empreendedores ainda confundem faturamento com lucro. Essa confusão pode levar a decisões equivocadas e até colocar em risco a saúde financeira da loja virtual. Afinal, faturar muito não significa, necessariamente, estar ganhando dinheiro. Neste blog, vamos explicar as diferenças entre esses dois conceitos e destacar os erros mais comuns cometidos por quem vende online. O que é faturamento? O faturamento é o valor total das vendas realizadas em um determinado período. Exemplo: se sua loja vendeu R$ 50.000 em produtos no mês, esse é o seu faturamento bruto. Porém, esse número ainda não considera: • custos dos produtos vendidos (compra ou fabricação) • frete • taxas de marketplace • tarifas de cartão • impostos • despesas operacionais (marketing, equipe, sistemas etc.). O que é lucro? O lucro é o que sobra do faturamento após o desconto de todos os custos e despesas. Ou seja: é o resultado líquido da operação, que de fato mostra se a empresa está ganhando ou perdendo dinheiro. Existem dois principais tipos de lucro no e-commerce: • Lucro bruto: faturamento – custo dos produtos vendidos. • Lucro líquido: faturamento – todos os custos (produtos, impostos, taxas, despesas fixas e variáveis). Erros comuns no e-commerce Muitos lojistas cometem falhas simples, mas que comprometem a visão real do negócio. Veja os principais: ❌ 1. Acreditar que faturamento alto é sinônimo de sucesso Um e-commerce pode faturar R$ 100 mil e ainda ter prejuízo se os custos forem maiores que o valor líquido recebido. ❌ 2. Não considerar as taxas dos marketplaces Plataformas como Mercado Livre, Shopee e Amazon cobram comissões que variam de 10% a 20% do valor da venda. Ignorar isso distorce o resultado. ❌ 3. Esquecer do custo do frete Frete subsidiado ou mal calculado pode consumir boa parte da margem de lucro. ❌ 4. Não separar despesas pessoais das empresariais Misturar contas pode dar a falsa impressão de que a empresa é lucrativa, quando na prática não é. ❌ 5. Falta de controle contábil e financeiro Sem relatórios organizados, o empreendedor não consegue enxergar o real desempenho do negócio. Como evitar esses erros? • Tenha um controle detalhado de entradas e saídas. • Análise relatórios de lucro bruto e líquido. • Conte com a DRE Contábil, uma contabilidade especializada em e-commerce, que entende as particularidades do setor. • Reavalie constantemente preços, fornecedores e estratégias logísticas. No e-commerce, faturar muito não significa lucrar muito. O sucesso de uma loja virtual depende de uma boa gestão financeira e contábil, que permita ao empreendedor enxergar os números reais do negócio. Com esse cuidado, fica muito mais fácil crescer de forma sustentável e tomar decisões estratégicas com segurança.
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O e-commerce no Brasil não para de crescer e, junto com as oportunidades, surgem também novos desafios para os empreendedores. Entre eles, a contabilidade ocupa um papel estratégico: mais do que cumprir obrigações fiscais, ela ajuda a manter a saúde financeira do negócio e a impulsionar os resultados. Muitos lojistas digitais, no entanto, acabam cometendo erros que prejudicam a lucratividade e até mesmo a sobrevivência da empresa. A seguir, listamos os principais pontos de atenção e como a contabilidade pode ser sua aliada para evitá-los. 1. Misturar finanças pessoais e empresariais Um dos erros mais comuns é usar a mesma conta bancária para despesas pessoais e da loja virtual. Essa prática dificulta o controle de caixa e prejudica a tomada de decisão. Dica: mantenha contas separadas e registre todas as movimentações da empresa de forma organizada. 2. Ignorar o planejamento tributário Cada e-commerce possui características específicas, e escolher o regime tributário errado pode significar pagar muito mais impostos do que o necessário. Dica: conte com o apoio de um contador para avaliar se o Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real é a melhor opção para o seu negócio. 3. Não acompanhar o fluxo de caixa Muitos empreendedores olham apenas para o faturamento, mas esquecem das despesas fixas, variáveis e do capital de giro. Dica: faça relatórios periódicos do fluxo de caixa para garantir previsibilidade financeira e evitar surpresas. 4. Desconsiderar os custos ocultos das plataformas Taxas de marketplace, meios de pagamento, logística e comissões podem reduzir significativamente a margem de lucro. Dica: registre todos os custos operacionais e calcule o preço de venda de forma realista. 5. Falta de indicadores de desempenho Sem métricas financeiras claras, como margem de contribuição, ticket médio e ROI, é impossível saber se o negócio está realmente crescendo. Dica: utilize relatórios contábeis e financeiros para analisar a performance e identificar oportunidades de melhoria. Como a contabilidade ajuda a maximizar os lucros Quando feita de forma estratégica, a contabilidade vai além do cumprimento de obrigações legais. Ela oferece informações valiosas para: • Reduzir a carga tributária de forma legal e eficiente. • Melhorar a gestão de custos e precificação. • Acompanhar a saúde financeira do negócio em tempo real. • Apoiar decisões de investimento e expansão. A DRE Contábil é uma poderosa aliada para quem deseja ter um e-commerce sustentável e lucrativo. Evitar erros comuns e adotar práticas de gestão financeira adequadas são passos fundamentais para transformar sua loja virtual em um negócio de sucesso.
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Precificar um produto corretamente é um dos maiores desafios no e-commerce. Muita gente calcula o preço com base apenas no custo de aquisição e uma margem de lucro desejada, mas esquece de considerar impostos, taxas de plataformas, custos operacionais e outros detalhes que fazem toda a diferença na lucratividade final. Se você tem uma loja virtual ou vende em marketplaces, este conteúdo é essencial para garantir que você não esteja vendendo no prejuízo sem perceber. 🧮 O que compõe o preço de venda? O preço de venda precisa cobrir todos os custos diretos e indiretos, além de gerar lucro. Veja os principais elementos: 1. Custo do produto (compra ou fabricação) 2. Impostos (Simples Nacional, ICMS, ISS, etc.) 3. Taxas de marketplaces e meios de pagamento 4. Frete (quando for por conta do lojista) 5. Custos operacionais (armazenagem, embalagem, marketing, equipe, sistemas) 6. Margem de lucro desejada 📦 Exemplo prático de cálculo Imagine que você venda um produto que custa R$ 50,00 para você, e quer vendê-lo com 50% de margem de lucro. Mas antes, você precisa somar os encargos: • Impostos (Simples Nacional): 6% • Taxa do marketplace: 16% • Taxa do meio de pagamento: 4% • Outros custos (embalagem, marketing etc.): 5% Total de encargos: 31% Se você simplesmente aplicar 50% sobre o custo, o preço seria R$ 75,00. Mas com 31% de encargos, você teria: • R$ 75 x 31% = R$ 23,25 de custos variáveis • Sobram R$ 51,75 - R$ 50,00 (custo de aquisição do produto) = R$ 1,75 (quase nada de lucro). Ou seja, na prática, seu lucro é consumido por encargos. 📌 Como calcular corretamente Use a fórmula da margem de contribuição para definir o preço ideal: Preço de venda = Custo / (1 - % de encargos - % de lucro desejado) Usando o exemplo acima:  • Custo: R$ 50 • Encargos: 31% (0,31) • Lucro desejado: 30% (0,30) Cálculo: Preço = custo / (1 - alíquota de encargos - alíquota de lucro desejado) Preço = 50 / (1 - 0,31 - 0,30) = 50 / 0,39 = R$ 128,21 Esse seria o preço mínimo para garantir sua margem de 30% após todos os encargos. 💡 Dicas Finais • Revise seu preço periodicamente, principalmente se estiver nos marketplaces (as taxas mudam). • Use planilhas ou sistemas de precificação automática para facilitar. • Considere promoções com estratégia, sabendo o impacto real no seu lucro. • Converse com um contador especializado em e-commerce — ele pode ajudar a otimizar sua carga tributária e aumentar sua margem. Vender online é ótimo, mas só vale a pena se for lucrativo. Precificar sem considerar todos os custos é um erro comum que afeta a saúde financeira da sua operação. Faça contas, simule cenários e tome decisões embasadas. Assim, seu e-commerce cresce de forma sustentável.
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