Os riscos de operar um e-commerce como pessoa física

Almir Estrela • 30 de março de 2023

A transformação digital vem trazendo soluções cada vez mais inteligentes para a vida em sociedade, levando avanços ao mercado de trabalho como a automatização de processos e aplicação carta de ofertas tanto de produtos quanto serviços em uma velocidade muito superior que qualquer outra era.


Uma das maiores comodidades proporcionadas à sociedade e pela aceleração digital foi o impacto no setor de comércios com o surgimento dos e-commerces, modelo virtual de vendas que atingiu um marco histórico no Brasil em 2022, com um
aumento de 785% no faturamento só no primeiro semestre daquele ano.


Se utilizando dos meios digitais, os
e-commerces vencem as barreiras geográficas e levam uma grande variedade de produtos e serviços aos consumidores em qualquer lugar do país, via um modelo de negócio de fácil formalização para o empreendedor.


Entretanto, por poder conduzir negócios de modo autônomo e a partir de casa, muitas pessoas não se formalizam devidamente, e operam como pessoas físicas nestas plataformas.


Por isso, os consultores da
DRE Contábil, especializados neste modelo de negócios, prepararam este artigo para você compreender os riscos de operar um e-commerce como pessoa física.


Tenha uma boa leitura!


O que são e-commerces?

E-commerces são negócios comerciais, estruturados para operar 100% nas plataformas digitais. Neste modelo de negócio, todas as interações empresa-cliente e transações comerciais acontecem por meio de ferramentas tecnológicas: desde a publicidade, a escolha do produto ou serviço, chegando até a finalização do pedido efetivo e pagamento.


Além disso, as ferramentas on-line também favorecem que as campanhas de marketing aconteçam por meios digitais, alcançando grande abrangência com investimentos módicos. Dessa forma, grande parte dos consumidores passam a conhecer a marca, e criam identidade com seus valores, por meio das relações via web. 


Portanto, uma das principais características de um
e-commerce é a ampla abrangência do modelo de trabalho por meio digitais, com burocracias menores que as existentes para um estabelecimento físico.


Existem diversos modelos de
e-commerces, com dinâmicas mercadológicas distintas entre si. 


Alguns importantes exemplos são: 


  • B2B (Business to Business): transações entre empresas e compras corporativas;
  • B2C (Business to Consumer): vendas para consumidor final (Pessoa Física); 
  • B2G (Business to Government): compra de soluções tecnológicas por governos, dentre diversos outros.


Neste sentido vale ainda considerar os formatos de negócio possível, que podem ser
mobile commerces, social commerces, chat commerces, etc., que facilitam a realização de vendas a qualquer horário.


Erros de conceituação comuns


Lojas virtuais, muitas vezes, são confundidas com e-commerces, mas, na verdade, são  apenas uma parte do processo. Se restringem à exibição das ofertas em um site ou portal de vendas, se posicionando no ambiente on-line como o showroom de uma loja física. 


Marketplaces também se configuram como uma alternativa diferenciada. Eles operam como uma espécie de shopping on-line: oferecem uma plataforma comum que concentra diversas lojas em uma só estrutura on-line.


Eles possuem dinâmica, formato e política. Além disso, oferecem a vantagem de uma estrutura pronta, bastando cadastrar-se para catalogar produtos. Entretanto, uma parcela dos lucros são absorvidas pela plataforma.


Estes investimentos devem ser planejados conforme algumas variáveis, como objetivos de mercado, porte da empresa, tipo de segmento e o público-alvo que atende, dentre outras.


Obter o suporte de uma contabilidade especializada no segmento é um diferencial estratégico para potencializar vendas. Por isso, esse é o momento de você compreender quais os riscos e desvantagens
de operar um e-commerce como pessoa física.


Continue a leitura para saber mais!


Quais os riscos de operar e-commerce como pessoa Física?


Muitos empreendedores — sobretudo aqueles que começaram recentemente um e-commerce — tendem a temer que a tributação sobre um empreendimento formalizado pode impedir o crescimento da empresa e significar a falência nos negócios.


Por essa razão, optam por operar como pessoa física. Todavia, esta escolha pode acarretar, na verdade, em impostos ainda mais altos, redução das oportunidades de mercado e até mesmo no risco de esbarrar em conflitos com a Receita Federal. 


Confira quais são os riscos mais comuns ao não
abrir um CNPJ para seu e-commerce! 


Cargas tributárias mais altas 


Caso o seu e-commerce opere como pessoa física, os rendimentos oriundos das destas vendas são taxados progressivamente pelo Imposto de Renda para Pessoas Físicas (IRPF), com alíquotas que podem chegar a 27,5% para transações acima de R$4.664,68.


Por outro lado, se você opera no Simples Nacional, estes valores ficam entre 4% para faturamentos anuais acima de R$180 mil e 19% a partir de R$3,6 milhões. O limite de enquadramento no Simples Nacional é de R$4,8 milhões.


Risco de cair na malha fina 


Um e-commerce não está sujeito apenas a problemas com a Receita Federal. Impostos como ICMS, ISS, PIS e Cofins, por exemplo, podem colocar as atividades do negócio no radar de estados e municípios também. 


Assim, se detectadas ações de ilícitos tributários pela não formalização ou inadequação de operações, as multas podem chegar a 150% do valor devido por tributo não recolhido. O processo apura toda a movimentação fiscal da empresa dos últimos 5 anos. 


Ainda, se enquadrado na
Lei de Sonegação Fiscal, o empresário pode sofrer de bloqueio de bens até pena de reclusão, de seis meses a cinco anos.


Redução no potencial de vendas 

Colocar seu e-commerce para operar sem emitir notas ficais, além de poder configurar um negócio ilegal frente aos órgãos de fiscalização, reduz a credibilidade frente a stakehoders.


Isso afeta o potencial de vendas e limita a possibilidade de trabalhar com a maioria das modalidades de entrega, limitando seu alcance a de vendas a uma região muito pequena.


Conte com o suporte da DRE Contábil!

Agora que você já conhece as desvantagens de atuar como pessoa física no seu e-commerce, que tal obter o apoio de uma contabilidade especializada para seu processo de formalização?


Fundada em 2014, a
DRE Contábil é uma empresa especializada no segmento de e-commerces. Oferecemos uma equipe multidisciplinar e altamente capacitada para garantir as melhores soluções contábeis, fiscais e regulatórias.


Você obtém a máxima lucratividade com suas operações sem ter que tirar o foco de suas estratégias centrais do negócio. Deixe os desafios burocráticos conosco!


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Diferença entre lucro e faturamento: erros comuns no e-commerce Quando se fala em resultados no e-commerce, muitos empreendedores ainda confundem faturamento com lucro. Essa confusão pode levar a decisões equivocadas e até colocar em risco a saúde financeira da loja virtual. Afinal, faturar muito não significa, necessariamente, estar ganhando dinheiro. Neste blog, vamos explicar as diferenças entre esses dois conceitos e destacar os erros mais comuns cometidos por quem vende online. O que é faturamento? O faturamento é o valor total das vendas realizadas em um determinado período. Exemplo: se sua loja vendeu R$ 50.000 em produtos no mês, esse é o seu faturamento bruto. Porém, esse número ainda não considera: • custos dos produtos vendidos (compra ou fabricação) • frete • taxas de marketplace • tarifas de cartão • impostos • despesas operacionais (marketing, equipe, sistemas etc.). O que é lucro? O lucro é o que sobra do faturamento após o desconto de todos os custos e despesas. Ou seja: é o resultado líquido da operação, que de fato mostra se a empresa está ganhando ou perdendo dinheiro. Existem dois principais tipos de lucro no e-commerce: • Lucro bruto: faturamento – custo dos produtos vendidos. • Lucro líquido: faturamento – todos os custos (produtos, impostos, taxas, despesas fixas e variáveis). Erros comuns no e-commerce Muitos lojistas cometem falhas simples, mas que comprometem a visão real do negócio. Veja os principais: ❌ 1. Acreditar que faturamento alto é sinônimo de sucesso Um e-commerce pode faturar R$ 100 mil e ainda ter prejuízo se os custos forem maiores que o valor líquido recebido. ❌ 2. Não considerar as taxas dos marketplaces Plataformas como Mercado Livre, Shopee e Amazon cobram comissões que variam de 10% a 20% do valor da venda. Ignorar isso distorce o resultado. ❌ 3. Esquecer do custo do frete Frete subsidiado ou mal calculado pode consumir boa parte da margem de lucro. ❌ 4. Não separar despesas pessoais das empresariais Misturar contas pode dar a falsa impressão de que a empresa é lucrativa, quando na prática não é. ❌ 5. Falta de controle contábil e financeiro Sem relatórios organizados, o empreendedor não consegue enxergar o real desempenho do negócio. Como evitar esses erros? • Tenha um controle detalhado de entradas e saídas. • Análise relatórios de lucro bruto e líquido. • Conte com a DRE Contábil, uma contabilidade especializada em e-commerce, que entende as particularidades do setor. • Reavalie constantemente preços, fornecedores e estratégias logísticas. No e-commerce, faturar muito não significa lucrar muito. O sucesso de uma loja virtual depende de uma boa gestão financeira e contábil, que permita ao empreendedor enxergar os números reais do negócio. Com esse cuidado, fica muito mais fácil crescer de forma sustentável e tomar decisões estratégicas com segurança.
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O e-commerce no Brasil não para de crescer e, junto com as oportunidades, surgem também novos desafios para os empreendedores. Entre eles, a contabilidade ocupa um papel estratégico: mais do que cumprir obrigações fiscais, ela ajuda a manter a saúde financeira do negócio e a impulsionar os resultados. Muitos lojistas digitais, no entanto, acabam cometendo erros que prejudicam a lucratividade e até mesmo a sobrevivência da empresa. A seguir, listamos os principais pontos de atenção e como a contabilidade pode ser sua aliada para evitá-los. 1. Misturar finanças pessoais e empresariais Um dos erros mais comuns é usar a mesma conta bancária para despesas pessoais e da loja virtual. Essa prática dificulta o controle de caixa e prejudica a tomada de decisão. Dica: mantenha contas separadas e registre todas as movimentações da empresa de forma organizada. 2. Ignorar o planejamento tributário Cada e-commerce possui características específicas, e escolher o regime tributário errado pode significar pagar muito mais impostos do que o necessário. Dica: conte com o apoio de um contador para avaliar se o Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real é a melhor opção para o seu negócio. 3. Não acompanhar o fluxo de caixa Muitos empreendedores olham apenas para o faturamento, mas esquecem das despesas fixas, variáveis e do capital de giro. Dica: faça relatórios periódicos do fluxo de caixa para garantir previsibilidade financeira e evitar surpresas. 4. Desconsiderar os custos ocultos das plataformas Taxas de marketplace, meios de pagamento, logística e comissões podem reduzir significativamente a margem de lucro. Dica: registre todos os custos operacionais e calcule o preço de venda de forma realista. 5. Falta de indicadores de desempenho Sem métricas financeiras claras, como margem de contribuição, ticket médio e ROI, é impossível saber se o negócio está realmente crescendo. Dica: utilize relatórios contábeis e financeiros para analisar a performance e identificar oportunidades de melhoria. Como a contabilidade ajuda a maximizar os lucros Quando feita de forma estratégica, a contabilidade vai além do cumprimento de obrigações legais. Ela oferece informações valiosas para: • Reduzir a carga tributária de forma legal e eficiente. • Melhorar a gestão de custos e precificação. • Acompanhar a saúde financeira do negócio em tempo real. • Apoiar decisões de investimento e expansão. A DRE Contábil é uma poderosa aliada para quem deseja ter um e-commerce sustentável e lucrativo. Evitar erros comuns e adotar práticas de gestão financeira adequadas são passos fundamentais para transformar sua loja virtual em um negócio de sucesso.
Como a DRE Contábil Ajuda Empreendedores Digitais
Por Sandy DRE 27 de agosto de 2025
A DRE Contábil é uma empresa especializada em atender negócios digitais, oferecendo soluções completas e personalizadas para quem vive do digital.
Quais obrigações acessórias um e-commerce deve entregar mensalmente
Por Sandy DRE 20 de agosto de 2025
Um e-commerce que deixa de cumprir com essas obrigações pode enfrentar multas elevadas, suspensão de inscrição estadual e até impedimentos de vender em marketplaces.
Por Sandy DRE 15 de agosto de 2025
A GNRE , sigla para Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais , é um documento utilizado para efetuar o pagamento de impostos estaduais — principalmente o ICMS — quando uma empresa realiza operações que envolvem mais de um estado brasileiro. Esse guia é essencial em situações em que a mercadoria sai de um estado e vai para outro, e há a necessidade de recolher parte do imposto para o estado de destino da mercadoria. Ele funciona como uma forma de garantir que o imposto devido ao outro estado seja devidamente pago. Um exemplo comum ocorre quando uma empresa vende produtos para um consumidor final localizado em outro estado. Nesses casos, pode haver a cobrança do DIFAL ( Diferencial de Alíquota do ICMS ), e a GNRE é o meio pelo qual esse valor é recolhido. A emissão da GNRE é feita de forma eletrônica, por meio do portal oficial de cada estado, onde são informados dados como o estado de destino, valor do imposto, tipo de receita, entre outros. Recomendamos a leitura complementar: Automação Fiscal no E-commerce: GNRE, DIFAL . Em resumo, a GNRE é uma ferramenta importante para o cumprimento das obrigações fiscais nas operações interestaduais, ajudando a manter a arrecadação justa entre os estados e garantindo que a empresa esteja em conformidade com a legislação tributária.
Contabilidade para e-commerce: como funciona na prática
Por Time de Conteúdo 14 de agosto de 2025
Neste artigo, vamos explicar como funciona na prática a contabilidade para e-commerce, quais são as particularidades do setor, obrigações fiscais, ferramentas úteis e como escolher um parceiro contábil preparado para o ambiente digital.
Por Sandy DRE 1 de agosto de 2025
Precificar um produto corretamente é um dos maiores desafios no e-commerce. Muita gente calcula o preço com base apenas no custo de aquisição e uma margem de lucro desejada, mas esquece de considerar impostos, taxas de plataformas, custos operacionais e outros detalhes que fazem toda a diferença na lucratividade final. Se você tem uma loja virtual ou vende em marketplaces, este conteúdo é essencial para garantir que você não esteja vendendo no prejuízo sem perceber. 🧮 O que compõe o preço de venda? O preço de venda precisa cobrir todos os custos diretos e indiretos, além de gerar lucro. Veja os principais elementos: 1. Custo do produto (compra ou fabricação) 2. Impostos (Simples Nacional, ICMS, ISS, etc.) 3. Taxas de marketplaces e meios de pagamento 4. Frete (quando for por conta do lojista) 5. Custos operacionais (armazenagem, embalagem, marketing, equipe, sistemas) 6. Margem de lucro desejada 📦 Exemplo prático de cálculo Imagine que você venda um produto que custa R$ 50,00 para você, e quer vendê-lo com 50% de margem de lucro. Mas antes, você precisa somar os encargos: • Impostos (Simples Nacional): 6% • Taxa do marketplace: 16% • Taxa do meio de pagamento: 4% • Outros custos (embalagem, marketing etc.): 5% Total de encargos: 31% Se você simplesmente aplicar 50% sobre o custo, o preço seria R$ 75,00. Mas com 31% de encargos, você teria: • R$ 75 x 31% = R$ 23,25 de custos variáveis • Sobram R$ 51,75 - R$ 50,00 (custo de aquisição do produto) = R$ 1,75 (quase nada de lucro). Ou seja, na prática, seu lucro é consumido por encargos. 📌 Como calcular corretamente Use a fórmula da margem de contribuição para definir o preço ideal: Preço de venda = Custo / (1 - % de encargos - % de lucro desejado) Usando o exemplo acima:  • Custo: R$ 50 • Encargos: 31% (0,31) • Lucro desejado: 30% (0,30) Cálculo: Preço = custo / (1 - alíquota de encargos - alíquota de lucro desejado) Preço = 50 / (1 - 0,31 - 0,30) = 50 / 0,39 = R$ 128,21 Esse seria o preço mínimo para garantir sua margem de 30% após todos os encargos. 💡 Dicas Finais • Revise seu preço periodicamente, principalmente se estiver nos marketplaces (as taxas mudam). • Use planilhas ou sistemas de precificação automática para facilitar. • Considere promoções com estratégia, sabendo o impacto real no seu lucro. • Converse com um contador especializado em e-commerce — ele pode ajudar a otimizar sua carga tributária e aumentar sua margem. Vender online é ótimo, mas só vale a pena se for lucrativo. Precificar sem considerar todos os custos é um erro comum que afeta a saúde financeira da sua operação. Faça contas, simule cenários e tome decisões embasadas. Assim, seu e-commerce cresce de forma sustentável.
Infoprodutores: como estruturar a parte fiscal sem se enrolar com a Receita
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