Emissão de Certificado Digital: quais os tipos e sua importância

Almir Estrela • 4 de outubro de 2022

O cenário digital já alterou a forma como nos relacionamos com vários setores da sociedade e da vida em geral. Atualmente, muitos gestores aproveitam a facilidade trazida pela tecnologia para conseguir fazer operações complexas em segundos, algumas tão complexas que durariam dias ou até meses em outros tempos.


É por isso que é preciso estar atento para não perder tempo com tecnologias antigas. A sua empresa já fez a
emissão de certificado digital? Você conhece os tipos existentes? Conhece a importância deles para as transações atuais? 


Se você quer saber mais sobre essa tecnologia que ampliou as possibilidades de gestão em várias empresas, leia esse artigo com atenção.


Tenha uma boa leitura!


O que é e para que serve o certificado digital?

A emissão de certificado digital é uma identidade eletrônica criada para representar a autoridade de uma pessoa ou empresa. Por meio do certificado digital é possível fazer a assinatura de documentos sem que seja necessária a presença física do representante durante a assinatura do documento.


É por isso que a revolução trazida pelo certificado digital foi tão grande: hoje, pessoas e empresas conseguem assinar digitalmente um documento com o mesmo valor jurídico de uma assinatura física.


Para além de possibilitar a assinatura de documentos de qualquer lugar do mundo, o
certificado digital ainda é uma alternativa para quem gastar tanto tempo e dinheiro com impressões e assinaturas físicas.


Quando se fala em
emissão de certificado digital é comum pensar que se fala de uma coisa só. No entanto, existem diversos tipos, por isso, continue nesse artigo para saber quais são os tipos de certificados. 


Continue a leitura:
Contabilidade para e-commerce: por que contar com a DRE.


Quais são os tipos de certificados digitais

Para a emissão de certificado digital, normalmente eles são divididos principalmente em dois tipos. Para cada um deles, é possível adotar um procedimento de segurança. Acompanhe os tipos principais e algumas entidades emissoras a seguir.


Tipo A

Os certificados tipo A, são os mais comuns no mercado. Normalmente, ele é utilizado para assinaturas digitais. Ou seja, seu principal objetivo é certificar a autenticidade de uma transação. 


Nesse sentido, é possível dizer que ele tem validade jurídica, tal qual uma assinatura comum. Alguns usos do certificado digital tipo A, são:


  • Emissão de notas fiscais;
  • Obtenção da CNH digital;
  • Participação em leilões digitais;
  • Transporte de cargas.

Tipo S

Se você deseja fazer uma transação onde o sigilo é requerido. Você provavelmente irá precisar da emissão de certificado digital tipo S. Ele é utilizado para criptografar dados, nesse sentido, um contrato só pode ser acessado com um certificado digital desse tipo.


Essa é uma excelente forma de garantir a segurança dos dados da sua empresa. Assim, se a sua empresa precisa lidar com informações valiosas, esse certificado é fortemente recomendado.


Tipo T

O certificado tipo T, também é chamado de timestamp ou carimbo de tempo. Ele também garante o sigilo das informações. No entanto, ele é um pouco mais complexo que o  certificado tipo S.


Isso porque ele é usado para comprovar que um certificado foi emitido. Nesse sentido, ele garante a data e a hora que um determinado documento foi criado. Assim, diferentemente dos outros, ele se utiliza de uma terceira autoridade certificadora para garantir essas informações. 


Quais são órgãos reguladores e principais entidades emissoras?

Quem supervisiona a emissão dos certificados digitais é o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI). Entre vários outros órgãos estão as Autoridades Certificadoras (ACs), responsáveis por toda a cadeia de cadastro e segurança dos certificados digitais. O ITI é o responsável também por certificar os dispositivos criptográficos e combater fraudes.


Entre as principais entidades emissoras, é possível elencar organizações voltadas para pessoas físicas e jurídicas. Acompanhe abaixo as mais utilizadas:



  • NF-e: um certificado digital voltado para a emissão de notas fiscais;
  • e-CNPJ: certificado utilizado em vários âmbitos do sistema corporativo;
  • e-Saúde: sistema utilizado por profissionais de saúde de todo o país;
  • e-CPF: este é voltado para pessoas físicas;
  • e-Jurídico: Sistema voltado para advogados;
  • e-Contador: Sistema utilizado por contadores.

Qual a importância da emissão de certificado digital?

Os benefícios trazidos da emissão de certificado digital envolve, principalmente, dois: a possibilidade de assinar um documento de qualquer lugar, sem ser necessária a presença física durante a assinatura, e o ganho ambiental, já que também não é necessário imprimir nenhum documento, gerando uma economia de tinta e papel.


Manter-se atualizado pode exigir algum esforço, principalmente se quem está em busca de atualização não esteve com a tecnologia sempre presente em sua vida. É compreensível que haja alguma resistência por parte de gestores mais antigos, que não têm tanta segurança ao utilizar dispositivos digitais.


Porém, o esforço para entender e entrar em contato com algumas tecnologias pode valer a pena. É o caso dos certificados digitais. Hoje é difícil gerenciar grandes projetos sem a ajuda de ambientes virtuais. Até mesmo pequenas empresas podem ganhar muito se apostarem em tecnologias como a de certificados digitais.


Nesse sentido, a utilização desses certificados, permite que você ganhe muito mais credibilidade perante ao mercado. Isso porque ele garante para o consumidor a veracidade das suas informações. 


Além disso, o
certificado digital possibilita a emissão da nota fiscal que certifica a autenticidade do seu produto, e também garante direitos fundamentais de troca e devolução do dinheiro. 


Conte com a DRE Contábil para emitir o seu certificado digital!

Para a emissão do certificado digital você pode consultar várias entidades credenciadas pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI). Você também sempre pode contar com a DRE Contábil, uma empresa especialista em certificações digitais. 


Aqui n
a DRE Contábil nós oferecemos certificados ICP-Brasil. Veja aqui as opções disponíveis:


  • e-CPF - Certificados ICP-Brasil para Pessoa Física;
  • e-CNPJ - Certificados ICP-Brasil para Pessoa Jurídica;
  • NF-e - Certificados ICP-Brasil para Nota Fiscal Eletrônica;
  • NUVEM - Certificados ICP-Brasil em Nuvem.


Somos um escritório contábil com mais de 5 anos de experiência no mercado e que tem como principal foco, o atendimento de pequenas e médias empresas. Temos como principal foco, o preço justo, agilidade e suporte na legalização de sua empresa. 


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Leia mais:
Como abrir uma empresa para atuar no mercado digital.


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Diferença entre lucro e faturamento: erros comuns no e-commerce Quando se fala em resultados no e-commerce, muitos empreendedores ainda confundem faturamento com lucro. Essa confusão pode levar a decisões equivocadas e até colocar em risco a saúde financeira da loja virtual. Afinal, faturar muito não significa, necessariamente, estar ganhando dinheiro. Neste blog, vamos explicar as diferenças entre esses dois conceitos e destacar os erros mais comuns cometidos por quem vende online. O que é faturamento? O faturamento é o valor total das vendas realizadas em um determinado período. Exemplo: se sua loja vendeu R$ 50.000 em produtos no mês, esse é o seu faturamento bruto. Porém, esse número ainda não considera: • custos dos produtos vendidos (compra ou fabricação) • frete • taxas de marketplace • tarifas de cartão • impostos • despesas operacionais (marketing, equipe, sistemas etc.). O que é lucro? O lucro é o que sobra do faturamento após o desconto de todos os custos e despesas. Ou seja: é o resultado líquido da operação, que de fato mostra se a empresa está ganhando ou perdendo dinheiro. Existem dois principais tipos de lucro no e-commerce: • Lucro bruto: faturamento – custo dos produtos vendidos. • Lucro líquido: faturamento – todos os custos (produtos, impostos, taxas, despesas fixas e variáveis). Erros comuns no e-commerce Muitos lojistas cometem falhas simples, mas que comprometem a visão real do negócio. Veja os principais: ❌ 1. Acreditar que faturamento alto é sinônimo de sucesso Um e-commerce pode faturar R$ 100 mil e ainda ter prejuízo se os custos forem maiores que o valor líquido recebido. ❌ 2. Não considerar as taxas dos marketplaces Plataformas como Mercado Livre, Shopee e Amazon cobram comissões que variam de 10% a 20% do valor da venda. Ignorar isso distorce o resultado. ❌ 3. Esquecer do custo do frete Frete subsidiado ou mal calculado pode consumir boa parte da margem de lucro. ❌ 4. Não separar despesas pessoais das empresariais Misturar contas pode dar a falsa impressão de que a empresa é lucrativa, quando na prática não é. ❌ 5. Falta de controle contábil e financeiro Sem relatórios organizados, o empreendedor não consegue enxergar o real desempenho do negócio. Como evitar esses erros? • Tenha um controle detalhado de entradas e saídas. • Análise relatórios de lucro bruto e líquido. • Conte com a DRE Contábil, uma contabilidade especializada em e-commerce, que entende as particularidades do setor. • Reavalie constantemente preços, fornecedores e estratégias logísticas. No e-commerce, faturar muito não significa lucrar muito. O sucesso de uma loja virtual depende de uma boa gestão financeira e contábil, que permita ao empreendedor enxergar os números reais do negócio. Com esse cuidado, fica muito mais fácil crescer de forma sustentável e tomar decisões estratégicas com segurança.
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O e-commerce no Brasil não para de crescer e, junto com as oportunidades, surgem também novos desafios para os empreendedores. Entre eles, a contabilidade ocupa um papel estratégico: mais do que cumprir obrigações fiscais, ela ajuda a manter a saúde financeira do negócio e a impulsionar os resultados. Muitos lojistas digitais, no entanto, acabam cometendo erros que prejudicam a lucratividade e até mesmo a sobrevivência da empresa. A seguir, listamos os principais pontos de atenção e como a contabilidade pode ser sua aliada para evitá-los. 1. Misturar finanças pessoais e empresariais Um dos erros mais comuns é usar a mesma conta bancária para despesas pessoais e da loja virtual. Essa prática dificulta o controle de caixa e prejudica a tomada de decisão. Dica: mantenha contas separadas e registre todas as movimentações da empresa de forma organizada. 2. Ignorar o planejamento tributário Cada e-commerce possui características específicas, e escolher o regime tributário errado pode significar pagar muito mais impostos do que o necessário. Dica: conte com o apoio de um contador para avaliar se o Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real é a melhor opção para o seu negócio. 3. Não acompanhar o fluxo de caixa Muitos empreendedores olham apenas para o faturamento, mas esquecem das despesas fixas, variáveis e do capital de giro. Dica: faça relatórios periódicos do fluxo de caixa para garantir previsibilidade financeira e evitar surpresas. 4. Desconsiderar os custos ocultos das plataformas Taxas de marketplace, meios de pagamento, logística e comissões podem reduzir significativamente a margem de lucro. Dica: registre todos os custos operacionais e calcule o preço de venda de forma realista. 5. Falta de indicadores de desempenho Sem métricas financeiras claras, como margem de contribuição, ticket médio e ROI, é impossível saber se o negócio está realmente crescendo. Dica: utilize relatórios contábeis e financeiros para analisar a performance e identificar oportunidades de melhoria. Como a contabilidade ajuda a maximizar os lucros Quando feita de forma estratégica, a contabilidade vai além do cumprimento de obrigações legais. Ela oferece informações valiosas para: • Reduzir a carga tributária de forma legal e eficiente. • Melhorar a gestão de custos e precificação. • Acompanhar a saúde financeira do negócio em tempo real. • Apoiar decisões de investimento e expansão. A DRE Contábil é uma poderosa aliada para quem deseja ter um e-commerce sustentável e lucrativo. Evitar erros comuns e adotar práticas de gestão financeira adequadas são passos fundamentais para transformar sua loja virtual em um negócio de sucesso.
Como a DRE Contábil Ajuda Empreendedores Digitais
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A DRE Contábil é uma empresa especializada em atender negócios digitais, oferecendo soluções completas e personalizadas para quem vive do digital.
Quais obrigações acessórias um e-commerce deve entregar mensalmente
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Um e-commerce que deixa de cumprir com essas obrigações pode enfrentar multas elevadas, suspensão de inscrição estadual e até impedimentos de vender em marketplaces.
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A GNRE , sigla para Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais , é um documento utilizado para efetuar o pagamento de impostos estaduais — principalmente o ICMS — quando uma empresa realiza operações que envolvem mais de um estado brasileiro. Esse guia é essencial em situações em que a mercadoria sai de um estado e vai para outro, e há a necessidade de recolher parte do imposto para o estado de destino da mercadoria. Ele funciona como uma forma de garantir que o imposto devido ao outro estado seja devidamente pago. Um exemplo comum ocorre quando uma empresa vende produtos para um consumidor final localizado em outro estado. Nesses casos, pode haver a cobrança do DIFAL ( Diferencial de Alíquota do ICMS ), e a GNRE é o meio pelo qual esse valor é recolhido. A emissão da GNRE é feita de forma eletrônica, por meio do portal oficial de cada estado, onde são informados dados como o estado de destino, valor do imposto, tipo de receita, entre outros. Recomendamos a leitura complementar: Automação Fiscal no E-commerce: GNRE, DIFAL . Em resumo, a GNRE é uma ferramenta importante para o cumprimento das obrigações fiscais nas operações interestaduais, ajudando a manter a arrecadação justa entre os estados e garantindo que a empresa esteja em conformidade com a legislação tributária.
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Por Time de Conteúdo 14 de agosto de 2025
Neste artigo, vamos explicar como funciona na prática a contabilidade para e-commerce, quais são as particularidades do setor, obrigações fiscais, ferramentas úteis e como escolher um parceiro contábil preparado para o ambiente digital.
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Precificar um produto corretamente é um dos maiores desafios no e-commerce. Muita gente calcula o preço com base apenas no custo de aquisição e uma margem de lucro desejada, mas esquece de considerar impostos, taxas de plataformas, custos operacionais e outros detalhes que fazem toda a diferença na lucratividade final. Se você tem uma loja virtual ou vende em marketplaces, este conteúdo é essencial para garantir que você não esteja vendendo no prejuízo sem perceber. 🧮 O que compõe o preço de venda? O preço de venda precisa cobrir todos os custos diretos e indiretos, além de gerar lucro. Veja os principais elementos: 1. Custo do produto (compra ou fabricação) 2. Impostos (Simples Nacional, ICMS, ISS, etc.) 3. Taxas de marketplaces e meios de pagamento 4. Frete (quando for por conta do lojista) 5. Custos operacionais (armazenagem, embalagem, marketing, equipe, sistemas) 6. Margem de lucro desejada 📦 Exemplo prático de cálculo Imagine que você venda um produto que custa R$ 50,00 para você, e quer vendê-lo com 50% de margem de lucro. Mas antes, você precisa somar os encargos: • Impostos (Simples Nacional): 6% • Taxa do marketplace: 16% • Taxa do meio de pagamento: 4% • Outros custos (embalagem, marketing etc.): 5% Total de encargos: 31% Se você simplesmente aplicar 50% sobre o custo, o preço seria R$ 75,00. Mas com 31% de encargos, você teria: • R$ 75 x 31% = R$ 23,25 de custos variáveis • Sobram R$ 51,75 - R$ 50,00 (custo de aquisição do produto) = R$ 1,75 (quase nada de lucro). Ou seja, na prática, seu lucro é consumido por encargos. 📌 Como calcular corretamente Use a fórmula da margem de contribuição para definir o preço ideal: Preço de venda = Custo / (1 - % de encargos - % de lucro desejado) Usando o exemplo acima:  • Custo: R$ 50 • Encargos: 31% (0,31) • Lucro desejado: 30% (0,30) Cálculo: Preço = custo / (1 - alíquota de encargos - alíquota de lucro desejado) Preço = 50 / (1 - 0,31 - 0,30) = 50 / 0,39 = R$ 128,21 Esse seria o preço mínimo para garantir sua margem de 30% após todos os encargos. 💡 Dicas Finais • Revise seu preço periodicamente, principalmente se estiver nos marketplaces (as taxas mudam). • Use planilhas ou sistemas de precificação automática para facilitar. • Considere promoções com estratégia, sabendo o impacto real no seu lucro. • Converse com um contador especializado em e-commerce — ele pode ajudar a otimizar sua carga tributária e aumentar sua margem. Vender online é ótimo, mas só vale a pena se for lucrativo. Precificar sem considerar todos os custos é um erro comum que afeta a saúde financeira da sua operação. Faça contas, simule cenários e tome decisões embasadas. Assim, seu e-commerce cresce de forma sustentável.
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