IRPF 2025 para vendedores online: como declarar ganhos com e-commerce e marketplaces?

Rodrigo DRE • 17 de março de 2025

O imposto de renda é uma obrigação tributária que atinge diversos perfis de contribuintes, incluindo vendedores online que operam por meio de e-commerce e marketplaces. 

Com a crescente digitalização das vendas, a Receita Federal tem aprimorado seus mecanismos de fiscalização para garantir que todos os rendimentos sejam devidamente declarados.

Se você atua no comércio eletrônico, é fundamental entender como declarar corretamente seus ganhos no imposto de renda 2025

Neste artigo, explicamos tudo o que você precisa saber para evitar problemas com o Fisco e manter sua regularidade fiscal.


Quem precisa declarar o imposto de renda 2025?


Antes de entrarmos nos detalhes sobre a tributação dos vendedores online, é importante saber quem está obrigado a declarar o imposto de renda em 2025. 


As regras são estabelecidas anualmente pela Receita Federal, mas, de modo geral, precisam declarar aqueles que se enquadrarem em pelo menos um dos critérios abaixo:


  • Rendimentos tributáveis acima de um determinado limite anual (valor atualizado anualmente pela Receita Federal);
  • Rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte superiores a um determinado limite;
  • Movimentação financeira ou posse de bens que ultrapassem os valores mínimos definidos;
  • Operações na bolsa de valores acima do limite estipulado;
  • Recebimento de rendimentos do exterior;
  • Recebimento de rendimentos de aluguel acima do limite de isenção;
  • Entre outros critérios que podem ser atualizados.


Se você atua como vendedor online e obteve ganhos acima do limite de isenção, será necessário prestar contas à Receita Federal.


Como declarar os rendimentos de e-commerce e marketplaces?


Vendedores online podem atuar como Pessoa Física (PF) ou Pessoa Jurídica (PJ). A forma de tributação varia de acordo com o modelo de operação escolhido. 


Abaixo, explicamos os principais pontos para cada situação.

Declaração como Pessoa Física


Se você vende produtos pela internet sem possuir um CNPJ, seus rendimentos são considerados como ganhos de trabalho autônomo ou rendimentos tributáveis de outras fontes. 


Veja como declará-los corretamente:


  • Ganhos com vendas de produtos: Devem ser informados na aba "Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Física e do Exterior" caso os pagamentos tenham sido feitos por pessoas físicas. Se forem feitos por marketplaces ou outras empresas, o correto é declarar em "Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica".
  • Carnê-Leão: Caso receba pagamentos diretamente de clientes e não tenha retenção de imposto na fonte, será necessário pagar o imposto mensalmente via Carnê-Leão.
  • Venda de produtos usados: Se você vende produtos usados esporadicamente e não obtém lucro, pode estar isento. No entanto, se as vendas forem recorrentes, a Receita pode considerar como atividade comercial e cobrar tributos.


Declaração como Pessoa Jurídica


Se você possui um CNPJ, pode se enquadrar em diferentes regimes tributários, como o Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real


A tributação será realizada conforme as regras do regime escolhido. 


No entanto, ao elaborar sua declaração de imposto de renda, é necessário declarar os lucros recebidos da empresa como rendimentos isentos ou tributáveis, dependendo da forma de retirada dos valores.


  • Pró-labore: Deve ser informado em "Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica" e sofre tributação de INSS e Imposto de Renda na Fonte.
  • Distribuição de lucros: Se sua empresa estiver regular com suas obrigações fiscais, os lucros distribuídos podem ser isentos de tributação e devem ser declarados na ficha de "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis".
  • Dividendos: Caso haja mudanças na tributação de dividendos em 2025, será necessário verificar as novas regras aplicáveis.


Tributação sobre ganhos em marketplaces


Muitos vendedores atuam por meio de plataformas como Mercado Livre, Shopee, Amazon e outras. 

Nesses casos, é importante estar atento aos seguintes pontos:


  • Notas fiscais: Algumas plataformas exigem emissão de notas fiscais para cada venda, o que implica uma formalização da operação.
  • Informação à Receita Federal: Os marketplaces podem informar à Receita os valores movimentados, por isso, omitir ganhos pode resultar em malha fina.
  • Impostos retidos na fonte: Dependendo do regime tributário da sua empresa, pode haver retenção de impostos na fonte, que devem ser considerados na declaração.

Como evitar problemas com a Receita Federal?


Para evitar pendências fiscais ou cair na malha fina, siga estas recomendações:


  1. Mantenha registros detalhados: Controle todas as suas vendas, custos e despesas. Ter um bom controle financeiro facilita a declaração.
  2. Utilize um contador: Se você tem volumes elevados de vendas, um contador pode ajudar a escolher o melhor regime tributário e evitar erros na declaração.
  3. Pague os impostos corretamente: Caso tenha recebido rendimentos sem retenção de imposto, utilize o Carnê-Leão para manter os tributos em dia.
  4. Acompanhe as regras atualizadas: A legislação do imposto de renda pode mudar anualmente, então fique atento às novas exigências.
  5. Evite omissões: Não tente ocultar rendimentos, pois a Receita tem acesso a movimentações bancárias e dados de marketplaces.


Conclusão


Se você vende produtos pela internet, é essencial entender como funciona a tributação para declarar corretamente seus ganhos no imposto de renda 2025


Seja atuando como Pessoa Física ou Jurídica, a organização financeira e o cumprimento das regras fiscais são fundamentais para evitar problemas com o Fisco.


A Receita Federal está cada vez mais atenta às operações online, então manter sua regularidade tributária pode evitar multas e complicações futuras. 


Caso tenha dúvidas, consulte um contador para garantir que sua declaração seja feita de forma correta e sem riscos.


Agora que você sabe como declarar seus ganhos, já organizou sua documentação para o imposto de renda deste ano? Compartilhe suas dúvidas nos comentários!


DRE Contábil: a melhor parceira para e-commerce e marketplace na hora de declarar o IRPF 🖥️💰🔍 


Gerir um e-commerce ou marketplace exige um acompanhamento contábil especializado, principalmente na hora de declarar o Imposto de Renda. 


A DRE Contábil é a parceira ideal para garantir que sua empresa esteja em conformidade com as obrigações fiscais, pagando apenas o necessário e otimizando sua gestão financeira.

💡 Nossas soluções para e-commerce e marketplace


Planejamento tributário eficiente – Estudo tributário personalizado para enquadramento no regime mais vantajoso (ME, EPP, Lucro Presumido ou Real).
Contabilidade digital especializada – Processos automatizados para facilitar sua rotina contábil e fiscal.
Gestão completa do IRPF e IRPJ – Cálculo correto dos impostos e acompanhamento do envio da declaração.
Implantação de ERP com regras tributárias – Organização fiscal e integração de sistemas para maior controle financeiro.
Atendimento em todo o Brasil – Suporte especializado para empreendedores de todos os estados.
Consultoria estratégica – Atendimento humanizado e consultivo para ajudar no crescimento do seu negócio.


🔹 Simplicidade, tecnologia e expertise para sua contabilidade!


Não deixe a burocracia atrapalhar o crescimento do seu e-commerce. 


Entre em contato com um de nossos especialistas e descubra como a DRE Contábil pode facilitar sua gestão e garantir mais segurança na declaração do IRPF | 📲 Acesse nosso site e fale conosco agora! 🚀

Como a DRE Contábil Ajuda Empreendedores Digitais
Por Sandy DRE 27 de agosto de 2025
A DRE Contábil é uma empresa especializada em atender negócios digitais, oferecendo soluções completas e personalizadas para quem vive do digital.
Quais obrigações acessórias um e-commerce deve entregar mensalmente
Por Sandy DRE 20 de agosto de 2025
Um e-commerce que deixa de cumprir com essas obrigações pode enfrentar multas elevadas, suspensão de inscrição estadual e até impedimentos de vender em marketplaces.
Por Sandy DRE 15 de agosto de 2025
A GNRE , sigla para Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais , é um documento utilizado para efetuar o pagamento de impostos estaduais — principalmente o ICMS — quando uma empresa realiza operações que envolvem mais de um estado brasileiro. Esse guia é essencial em situações em que a mercadoria sai de um estado e vai para outro, e há a necessidade de recolher parte do imposto para o estado de destino da mercadoria. Ele funciona como uma forma de garantir que o imposto devido ao outro estado seja devidamente pago. Um exemplo comum ocorre quando uma empresa vende produtos para um consumidor final localizado em outro estado. Nesses casos, pode haver a cobrança do DIFAL ( Diferencial de Alíquota do ICMS ), e a GNRE é o meio pelo qual esse valor é recolhido. A emissão da GNRE é feita de forma eletrônica, por meio do portal oficial de cada estado, onde são informados dados como o estado de destino, valor do imposto, tipo de receita, entre outros. Recomendamos a leitura complementar: Automação Fiscal no E-commerce: GNRE, DIFAL . Em resumo, a GNRE é uma ferramenta importante para o cumprimento das obrigações fiscais nas operações interestaduais, ajudando a manter a arrecadação justa entre os estados e garantindo que a empresa esteja em conformidade com a legislação tributária.
Contabilidade para e-commerce: como funciona na prática
Por Time de Conteúdo 14 de agosto de 2025
Neste artigo, vamos explicar como funciona na prática a contabilidade para e-commerce, quais são as particularidades do setor, obrigações fiscais, ferramentas úteis e como escolher um parceiro contábil preparado para o ambiente digital.
Por Sandy DRE 1 de agosto de 2025
Precificar um produto corretamente é um dos maiores desafios no e-commerce. Muita gente calcula o preço com base apenas no custo de aquisição e uma margem de lucro desejada, mas esquece de considerar impostos, taxas de plataformas, custos operacionais e outros detalhes que fazem toda a diferença na lucratividade final. Se você tem uma loja virtual ou vende em marketplaces, este conteúdo é essencial para garantir que você não esteja vendendo no prejuízo sem perceber. 🧮 O que compõe o preço de venda? O preço de venda precisa cobrir todos os custos diretos e indiretos, além de gerar lucro. Veja os principais elementos: 1. Custo do produto (compra ou fabricação) 2. Impostos (Simples Nacional, ICMS, ISS, etc.) 3. Taxas de marketplaces e meios de pagamento 4. Frete (quando for por conta do lojista) 5. Custos operacionais (armazenagem, embalagem, marketing, equipe, sistemas) 6. Margem de lucro desejada 📦 Exemplo prático de cálculo Imagine que você venda um produto que custa R$ 50,00 para você, e quer vendê-lo com 50% de margem de lucro. Mas antes, você precisa somar os encargos: • Impostos (Simples Nacional): 6% • Taxa do marketplace: 16% • Taxa do meio de pagamento: 4% • Outros custos (embalagem, marketing etc.): 5% Total de encargos: 31% Se você simplesmente aplicar 50% sobre o custo, o preço seria R$ 75,00. Mas com 31% de encargos, você teria: • R$ 75 x 31% = R$ 23,25 de custos variáveis • Sobram R$ 51,75 - R$ 50,00 (custo de aquisição do produto) = R$ 1,75 (quase nada de lucro). Ou seja, na prática, seu lucro é consumido por encargos. 📌 Como calcular corretamente Use a fórmula da margem de contribuição para definir o preço ideal: Preço de venda = Custo / (1 - % de encargos - % de lucro desejado) Usando o exemplo acima:  • Custo: R$ 50 • Encargos: 31% (0,31) • Lucro desejado: 30% (0,30) Cálculo: Preço = custo / (1 - alíquota de encargos - alíquota de lucro desejado) Preço = 50 / (1 - 0,31 - 0,30) = 50 / 0,39 = R$ 128,21 Esse seria o preço mínimo para garantir sua margem de 30% após todos os encargos. 💡 Dicas Finais • Revise seu preço periodicamente, principalmente se estiver nos marketplaces (as taxas mudam). • Use planilhas ou sistemas de precificação automática para facilitar. • Considere promoções com estratégia, sabendo o impacto real no seu lucro. • Converse com um contador especializado em e-commerce — ele pode ajudar a otimizar sua carga tributária e aumentar sua margem. Vender online é ótimo, mas só vale a pena se for lucrativo. Precificar sem considerar todos os custos é um erro comum que afeta a saúde financeira da sua operação. Faça contas, simule cenários e tome decisões embasadas. Assim, seu e-commerce cresce de forma sustentável.
Infoprodutores: como estruturar a parte fiscal sem se enrolar com a Receita
Por Sandy DRE 25 de julho de 2025
Mas, com o crescimento do faturamento, surge um desafio que muitos ignoram até que seja tarde: a gestão fiscal para infoprodutores.
Como saber se seu produto digital está sendo tributado corretamente
Por Sandy DRE 18 de julho de 2025
Neste artigo, vamos mostrar como verificar se sua empresa está recolhendo corretamente os tributos sobre produtos digitais, quais são os impostos aplicáveis, e como uma assessoria contábil especializada pode ajudar.
Por Sandy DRE 16 de julho de 2025
Abrir uma loja virtual pode parecer simples em comparação ao varejo tradicional, mas as obrigações fiscais seguem firmes — e, em muitos casos, mais complexas. Os impostos para e-commerce devem ser tratados com atenção desde os primeiros passos do negócio. Não cumprir com essas obrigações pode gerar multas, juros, bloqueio de CNPJ e até dificuldades para operar legalmente no marketplace. Neste artigo, você vai entender quais são os impostos para e-commerce , como funcionam, e o que acontece se houver atraso ou não pagamento. Por que é importante entender os impostos para e-commerce? A gestão tributária de um negócio digital precisa acompanhar o volume de vendas, os estados de destino dos produtos, e o regime tributário escolhido. Mesmo pequenos e-commerces, que começam com vendas modestas, devem recolher os impostos para e-commerce de forma regular. Além de manter a empresa legalizada, isso permite crescer com mais segurança, acessar linhas de crédito e evitar sanções da Receita Federal ou da Secretaria da Fazenda. Principais impostos para e-commerce A seguir, conheça os tributos que geralmente incidem sobre operações de lojas virtuais no Brasil. 1. ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços É o imposto estadual que incide sobre a venda de produtos. No e-commerce , o ICMS precisa ser pago tanto no estado de origem quanto no de destino do consumidor, especialmente em vendas interestaduais. 📌 Recomendamos a leitura complementar: DIFAL no E-commerce: o que é, quando se aplica e como calcular? 2. PIS e COFINS São contribuições federais que incidem sobre a receita bruta. A alíquota varia conforme o regime tributário (cumulativo ou não cumulativo). 3. IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica Cobrado sobre o lucro da empresa, o IRPJ também varia conforme o regime tributário. No Simples Nacional, é calculado de forma simplificada dentro do DAS. 4. CSLL – Contribuição Social sobre Lucro Líquido Semelhante ao IRPJ, a CSLL também incide sobre o lucro da empresa e está embutida no DAS, no caso do Simples Nacional. 5. ISS – Imposto sobre Serviços Apesar de mais comum para prestadores de serviço, o ISS pode ser cobrado se o e-commerce oferecer serviços complementares (como manutenção de produtos, suporte técnico ou streaming digital). Regimes tributários e suas diferenças no e-commerce O enquadramento no regime tributário influencia diretamente os impostos para e-commerce . Veja as principais diferenças:
Por Rodrigo DRE 20 de junho de 2025
Descubra quando transformar MEI em ME e evite impostos indevidos. Veja os sinais, riscos e como fazer a migração com segurança.
Como organizar o fluxo de caixa de um e-commerce
Por Rodrigo DRE 13 de junho de 2025
Neste artigo, você vai entender como organizar o fluxo de caixa de e-commerce, quais ferramentas utilizar, erros a evitar e como a contabilidade especializada pode fazer toda a diferença.